
Acredito que identidade profissional docente é construída a todo instante no decorrer da atividade laboral. Além disso, é necessário que o professor colabore com mais essa tarefa. Fazer este exercício demanda buscas, pesquisas que o levem a compreender os labirintos do “seu” ser humano. Os diferentes contextos educacionais, as especialidades de sua formação acadêmica, as diferentes culturas, a filosofia, a educação e a pedagogia articuladas com a filosofia e sociedade são caminhos que o professor precisa percorrer para não perder-se em si mesmo. Neste contexto de atuação docente, que compreende a teoria e a prática, está o aluno (a quem eu vou chamar de “avaliado”) apresentando-nos, segundo, minhas avaliações, seus acertos, falhas, erros, enganos, pontos positivos e negativos. Nesta soma, tenho como resultado, a minha própria atuação. Contudo, eu ainda o olho como olho para mim - um ser incompleto, que vive aprendendo a cada instante e que passa por inúmeras avaliações. Gostamos de avaliar. Avaliamos sim! Rigorosa e radicalmente Penso que é porque queremos saber o que somos e o que estamos fazendo com nosso saber. Queremos medir a nossa capacidade de agente transmissor para que no ato de ensinar esteja implícita a responsabilidade de saber se sei ensinar. Quando o aluno me aprende, identifico-me com ele, ressalto sua inteligência, alegrando-se com a minha. Isto porque tendemos a ver as coisas com outros olhos, com os olhos da lógica do sentido próprio. Com resultados positivos, seu mundo intelectual se alarga, se clarifica, foge do senso-comum sobre ensino aprendizagem. O que quero lhes dizer é que a atuação profissional dificilmente terá um peso maior do que o peso do resultado de avaliações que fazemos. Portanto, tudo isso e outras coisas, alimentam mais ainda a construção da identidade docente como um todo. É a única justificativa que pode sinalizar uma mudança na figura da identidade do professor, ou seja, quanto mais reconhecimento e respeito perante a sociedade em geral o “avaliado” conquistar mais tendemo-nos revelar sobre a reconstrução da nossa identidade. Isso não acontece num estalo.


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